UNIVERSIDADE
ESTADUAL PAULISTA
Campus Universitário de Bauru
Faculdade de Ciências
Departamento
de Educação
DEFICIÊNCIA
FÍSICA E SEU IMPACTO NO AMBIENTE ESCOLAR
Aline TiemiTerasawa
Eliana Aparecida Toledo da Silva
Janaina de Lopes Almeida
Letícia Nascimento
Rodrigo ChechiMarineli
Vivianne Ferreira dos Santos
BAURU
2016
UNIVERSIDADE
ESTADUAL PAULISTA
Campus
Universitário de Bauru
Faculdade
de Ciências
Departamento de Educação
DEFICIÊNCIA
FÍSICA E SEU IMPACTO NO AMBIENTE ESCOLAR
Aline TiemiTerasawa
Eliana Aparecida Toledo da Silva
Janaina de Lopes Almeida
Letícia Nascimento
Rodrigo ChechiMarineli
Vivianne Ferreira dos Santos
Trabalho apresentado para avaliação da
disciplina Conteúdos e Metodologia do Educação Inclusiva, ministrada pela
Professora Doutora Vera Lucia Messias Fialho Capellini
BAURU
2016
RESUMO
O presente artigo abordará
sobre o deficiente físico no âmbito da inclusão escolar. O MEC é responsável
por estabelecer as diretrizes da Educação Especial no Ensino Básico, dando
suporte ao sistema regular de ensino na inserção dos alunos com deficiências.
Apesar disso, observa-se que muitas vezes não há ambiente adequado para estes
alunos, sendo que os professores têm de se adaptar de outras maneiras para
promover a inclusão do aluno com deficiência. Este artigo apresenta tipos e
causas de deficiências físicas, a fim de elucida-las, para então levantar
questões sobre como incluir o aluno com deficiência em sala de aula. A
discussão sobre inclusão destas crianças ainda ocorre muitas vezes de forma
tímida, porém deve ser feita de forma enfática pelo conjunto
direção–professores–família–sociedade. É de importância absoluta que a criança
com deficiência possa ser inserida na sociedade, a fim de quebrar os tabus e
preconceitos historicamente conhecidos pela população.
Palavras-chave:Deficiência
Física, Educação Inclusiva, Educação Especial
ABSTRACT
This article discusses about the handicapped within
the school inclusion. The MEC is responsible for establishing the guidelines of
Special Education in Basic Education, supporting mainstream education in the
integration of students with disabilities. Nevertheless, it is observed that
there is often no suitable environment for these students, and teachers have to
adapt in other ways to promote the inclusion of students with disabilities.
This paper presents types and causes of disabilities in order to elucidate them
and then raise questions about how to include students with disabilities in the
classroom. The discussion on inclusion of these children still occurs often in
a shy way, but must be made emphatically by the joint direction-teachers-family-society.
It is of absolute importance that children with disabilities can be inserted in
society, in order to break the taboos and prejudices historically known by the
population.
Keywords: Inclusive Education, Physical Disability, Special Education.
INTRODUÇÃO
O
trabalho abordará sobre o deficiente físico no âmbito da inclusão escolar,
visto que no inciso III do Art. 208 da Constituição Brasileira cita o
“atendimento educacional especializado as pessoas com deficiência,
preferencialmente na rede regular de ensino”. O MEC, por exemplo, em sua
Política Nacional de Educação Especial (MEC/SEEP, 1994), estabelece como
diretrizes da Educação Especial dar suporte ao sistema regular de ensino na
inserção dos alunos com deficiências. Esta definição foi reforçada na Lei de
Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei nº9.394/96), como também nas
Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica.
A
inclusão destes alunos nas salas regulares é vista muitas vezes como um
problema, pois, não há ambientes adaptados as diversas deficiências de forma
qualificada, visando suprir as necessidades encontradas tanto pelo aluno quanto
pelo professor. O professor necessita em dar um suporte superior a que se
espera e não conhecendo as necessidades e as suas causas acaba-se não obtendo o
resultado esperado e nem conseguindo atingir todos os objetivos.
O
deficiente físico acaba tendo dificuldades em se locomover, de estar executando
atividades satisfatoriamente comparado ao aluno comum. Então o professor necessita
conhecer o seu aluno, elaborar atividades que sejam adaptadas as suas
dificuldades e limitações de forma positiva, para que seja alcançado os
resultados de forma geral.
É de
extrema necessidade que o profissional consiga trabalhar a autonomia, independência,
qualidade de vida e inclusão social. Neste caso abordaremos a importância
destes fatores a serem trabalhados, suas causas e seus efeitos na vida destes
alunos.
O
ambiente escolar é de extrema importância na vida acadêmica de cada aluno,
sendo ele deficiente ou não, prezando sempre pela qualidade de
ensino/aprendizagem, tanto pedagogicamente como humanamente. Sendo assim o
artigo abordará os diversos modos de ser um deficiente físico, podendo ocorrer
geneticamente ou vindo acontecer através de algum tipo de acidente e como lidar
com este tipo de aluno, trabalhando de acordo com suas limitações, e como o
professor poderá ajudar e auxiliar este aluno no cotidiano da sala de aula, sem
restrições de conteúdos a serem trabalhados com a sala em geral.
O
aluno com deficiência seja ela qual for, sofre preconceitos e acaba se sentindo
constrangido perante aos amigos da sala. Conhecendo suas dificuldades e
entendendo as necessidades que este aluno precisa, o professor pode a vir a
elaborar atividades em grupos, onde os demais membros deste grupo precisem da
ajuda de todos para estar realizando a atividade, percebendo que cada um tem
seu valor e sua contribuição para obter o resultado esperado, independente das
diferenças e das dificuldades encontradas no percurso até chegar ao objetivo
desejado. Para isso, é de extrema importância a qualificação deste profissional
que muitas vezes acaba sendo de prejudicada por conta de algumas ignorâncias.
Porém
cabe ao professor buscar o conhecimento de seu aluno para que se possa
desenvolver toda sua parte intelectual, pedagogicamente, de forma a qualificar
este aluno e prepara-lo para o próximo ciclo, para que ele esteja capacitado
para a próxima etapa acadêmica.
DEFICIÊNCIA
FÍSICA – DEFINIÇÃO
Segundo o Decreto 5.296/2004, é considerada
deficiência física qualquer“alteração completa ou parcial de um ou mais
segmentos do corpo humano, acarretando o comprometimento da função física,
apresentando-se sob a forma de paraplegia, paraparesia, monoplegia,
monoparesia, tetraplegia, tetraparesia, triplegia, triparesia, hemiplegia,
hemiparesia, amputação ou ausência de membro, paralisia cerebral, membros com
deformidade congênita ou adquirida, exceto as deformidades estéticas e as que
não produzam dificuldades para o desempenho de funções” (BRASIL, 2004). A
deficiência física possui várias causas.
São causas comuns:
·
Paralisia
Cerebral: por prematuridade, anóxia perinatal, desnutrição
materna, rubéola, toxoplasmose, trauma de parto, subnutrição, outras;
·
Hemiplegias:
por acidente vascular cerebral, aneurisma cerebral, tumor cerebral e outras;
·
Lesão
medular: por ferimento por arma de fogo, ferimento por arma
branca, acidentes de trânsito, mergulho em águas rasas, quedas, processos
infecciosos, processos degenerativos e outros;
·
Amputações:
causas vasculares, traumas, malformações congênitas, causas metabólicas e
outras;
·
Má
formações congênitas: por exposição à radiação, uso de drogas,
causas desconhecidas;
·
Artropatias:
por processos inflamatórios, processos degenerativos, alterações biomecânicas,
hemofilia, distúrbios metabólicos e outros.
Portanto, assim como há variadas causas de
deficiência física, há variados tipos de deficiência física, de acordo com o
segmento corporal atingido, e se ela é total ou parcial:
·
Paraplegia:Perda
total das funções motoras dos membros inferiores;
·
Paraparesia:
Perda parcial das funções motoras dos membros inferiores;
·
Monoplegia:
Perda total das funções motoras de um só membro (inferior ou posterior);
·
Monoparesia : Perda parcial das funções motoras
de um só membro (inferior ou posterior);
·
Tetraplegia:
Perda total das funções motoras dos membros inferiores e superiores.
·
Tetraparesia:
Perda parcial das funções motoras dos membros inferiores e superiores.
·
Triplegia:
Perda total das funções motoras em três membros.
·
Triparesia:
Perda parcial das funções motoras em três membros.
·
Hemiplegia:
Perda total das funções motoras de um hemisfériodo corpo (direito ou esquerdo).
·
Hemiparesia:
Perda parcial das funções motoras de um hemisfério do corpo (direito ou
esquerdo).
·
Amputação:
Perda total ou parcial de um determinado membro ou segmento de membro.
·
Paralisia
Cerebral: Lesão de uma ou mais áreas do sistema nervoso central,
tendo como consequência alterações psicomotoras, podendo ou não causar
deficiência mental.
·
Ostomia:
Intervenção cirúrgica que cria um ostoma (abertura, ostio) na parede abdominal
para adaptação de bolsa de coleta; processo cirúrgico que visa à construção de
um caminho alternativo e novo na eliminação de fezes e urina para o exterior do
corpo humano (colostomia: ostoma intestinal; urostomia: desvio urinário).
A DEFICIÊNCIA FÍSICA NA ESCOLA
Por
lei, toda escola é obrigada a aceitar qualquer aluno com deficiência. Porém o
que vemos é um certo receio quando os pais ou responsáveis chegam na escola
para fazer a matrícula e informam a condição da criança. Os professores e a
direção da escola não se sentem preparados em receber a criança com
deficiência. Porém, o que fazer quando ele chega?
O
primeiro passo é se munir de informação: qual tipo de deficiência esse aluno
apresenta?, possui diagnóstico?, já foi pra escola? Essas são algumas perguntas
que a equipe da escola deve fazer inicialmente à família. Então, com as devidas
informações coletadas, a escola deve se preocupar em adaptar o ambiente escolar
para a deficiência: se há rampas, banheiro acessível, entre outras adaptações
visando atender o aluno.
Normalmente
em escolas públicas, existe a figura do professor de Educação Especial, e é ele
quem vai acompanhar o aluno de perto em suas necessidades relacionadas à
deficiência física. O professor de Educação Especial vai ajudar o professor da
sala regular a adaptar o currículo, conforme a necessidade do aluno. Deve se
ter em mente que as adaptações de currículo só podem ser feitas depois de pesquisa
sobre o histórico da criança e de uma observação em sala de aula, pois muitas
vezes a necessidade de adaptação é mínima ou nenhuma.
Dentro
da sala de aula, o professor da classe regular deve se informar sobre o aluno,
e procurar ajuda-lo a se inserir dentro da sala. Deixar sempre claro para os
outros alunos e pais que o aluno com deficiência é apenas diferente, com suas
capacidades e limitações. Mantê-lo inserido dentro da sala é extremamente
importante, não o deixando deslocado.
Portanto,
é o conjunto direção–professores–família que permite que o aluno com
deficiência tenha sucesso em sua carreira escolar, sendo aceito como é, sem que
suas limitações o definam enquanto pessoa e cidadão.
Considerações
finais
Após
a discussão, percebe-se que a inclusão de alunos com deficiência é uma questão
a ser discutida pela escola. Tais questões que advém da falta de estrutura, a
falta de profissionais capacitados, e, principalmente a falta de
comprometimento das autoridades responsáveis por inserir a criança com
deficiência nas escolas. Em muitos casos, o aluno com deficiência é imposto a
uma sala de aula em que o professor não é preparado para receber essa criança.
Dessa forma, o aluno fica sem atendimento adequado, e, o professor, o
responsável por desenvolver as habilidades necessárias para que essa criança
tenha autonomia e independência, não é capacitado para isso. Em certos casos, o
aluno necessitará sempre de um cuidador para acompanhá-lo.
A
escola, é de importância absoluta para que a criança com deficiência possa ser
inserida na sociedade, é ela, a instituição responsável por quebrar os tabus e
preconceitos historicamente conhecidos pela população. É importante que o
professor tenha conhecimento para trabalhar com o aluno com deficiência em sala
de aula e que também faça a mediação para que esse aluno não sofra
preconceitos. Além disso, o professor precisa conhecer o tipo de deficiência
que seu aluno tem, receber as orientações médicas e conhecer os tipos de
medicamentos e os efeitos que eles podem causar na criança.
No
decorrer do trabalho, foram apresentados diversos tipos de deficiência e as
causas delas. Não é necessário que o professor tenha conhecimento absoluto das
inúmeras causas e tipos de deficiência física, mas é necessário que o docente
esteja atualizado das diversas maneiras de ensinar, logo que, A deficiência
física, pode ser entendida como a apresentação de algum comprometimento de uma
ou diversas funções motoras de um organismo físico, podendo variar de grau
(leve, moderada ou grave) de acordo com cada indivíduo e sua abrangência. Na
sociedade esta é uma definição que merece atenção, pois é a partir do
entendimento e compreensão do que é a deficiência física e quais as
necessidades que esta abarca que são tomadas decisões com objetivo de melhorias
no atendimento, inclusive educacional destes indivíduos.
Portanto,
conclui-se que a escolarização do deficiente físico é necessária tanto para o
aluno como para a sociedade. A escola é o lugar certo para quebrar os
preconceitos e o lugar responsável por contribuir no desenvolvimento dessa
criança. É, também, necessário que os professores busquem conhecimentos para
poder trabalhar com o aluno em sala de aula, para todo e qualquer tipo de
deficiência é preciso que o professor seja o maior defensor no aprendizado
desses alunos.
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